História

31 de março dia de luto a liberdade social no Brasil

Liberdade social

Significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de idéias liberais e dos direitos de cada cidadão.

Em 1964, o presidente João Goulart (foto) é derrubado por um golpe militar. Uma forte pressão de setores da classe média levaram à queda do presidente, que tentava aplicar no Brasil as chamadas “reformas de base”. O primeiro líder do regime, que durou 21 anos, foi o marechal Castello Branco. 

Coronel Ustra, o líder das torturas na ditadura militar

A resistência começou com o centro de investigações conhecido como Operação Bandeirante (Oban). Criada em São Paulo, em 1969, a Oban torturava dissidentes para obter informações sobre os colegas militantes. A um dos presos, frei Tito, Ustra disse, em 1970: “Você vai conhecer a sucursal do inferno”. 

O sucesso da Oban fez o governo criar o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi). Com sede nas principais capitais, ele tinha celas de detenção e salas de interrogatório – e de tortura. Ustra comandou o Doi-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974 e era chamado de “doutor Tibiriçá” (não se sabe por quê.  O trabalho sujo, como espancamentos, choques e afogamentos, cabia aos gorilas (policiais e militares que demonstravam prazer em agredir os prisioneiros). Envolvido no dia a dia da operação, Ustra cumpria um papel de chefia: instruía os agentes de campo e os torturadores para focarem na caça aos opositores do regime militar.

 Os “passeios de Ustra”

Ustra não acompanhava todas as torturas. Aparecia do nada em casos difíceis para fazer os “passeios” que lhe deram fama: abraçava o detento e o levava a uma sala, onde havia o corpo de um militante. “Se você não falar, vai acabar assim”, dizia. Ele chegou a espancar uma grávida e, certa vez, levou filhos para ver uma mãe torturada.

Sumiço de cadáveres

Um problema era o que fazer com os corpos. No DOI-Codi paulistano, foram 47 mortos oficialmente, mas a Comissão da Verdade, que investigou os abusos da ditadura, calcula que o escritório matou 502 pessoas. Nas décadas de 1990 e 2000, Ustra foi processado várias vezes por ocultar cadáveres, especialmente em valas comuns do cemitério de Perus, na capital paulista.

Atropelamentos

Outra estratégia era o atropelamento forjado: os agentes diziam que o guerrilheiro estava fugindo quando foi atingido. Muitas vezes, nem precisavam atropelar de verdade o corpo da vítima, porque ela já estava machucada demais. Em outras ocasiões, as Kombis e os Fuscas dos agentes eram usados para acertar os cadáveres.

Eletrochoque e palmatórias

Segundo a Comissão da Verdade, ele também utilizou eletrochoque e palmatórias no Doi-Codi. Saiu de lá em 1974 e se tornou instrutor da Escola Nacional de Informações (EsNI), em Brasília, onde escreveu uma cartilha que pregava o uso de “interrogatórios com mais rigor”. Também se envolveu com maus-tratos a presos na Fazendinha, centro de tortura secreto em Alagoinhas, BA.

Quem lembra do voto de impeachment da presidenta Dilma, o presidente Jair Bolsonaro além de votar no impeachment homenageou o Coronel Ustra o torturador do Regime militar.

O Presidente ainda ordena a comemoração neste dia 31 de março ao dia da ditadura militar, este dia é dia de luto, e tristeza e de lembrar dos familiares e amigos que morreram lutando pela causa, aquela imagem que tentam passar que as pessoas que morriam e sumiam eram bandidos, é uma covardia sem tamanha responsabilidade com a história e o respeito aos familiares.

O Blog Tenório Cavalcanti, esteve no monumento tortura nunca mais e conversou com algumas pessoas.

Assista a entrevista:

Fotos

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