
Com aumento do consumo nesta época, Apevisa reforça medidas para garantir segurança alimentar da população pernambucana
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), faz um alerta à população para os cuidados que devem ser adotados na compra, armazenamento e preparo de peixes durante a Semana Santa. O período é tradicionalmente marcado pelo aumento no consumo de pescado, o que exige atenção redobrada para garantir a segurança alimentar e evitar problemas de saúde.
Durante as compras, é importante observar a aparência do peixe. “Olhos brilhantes e salientes, escamas firmes, pele úmida e guelras avermelhadas são sinais de frescor. O odor também deve ser suave e característico. Cheiros fortes, azedos ou amoniacais indicam que o produto pode estar impróprio para o consumo”, explica Mayanne Ribeiro, fiscal da Apevisa.
A população deve ficar atenta à temperatura de conservação no ponto de venda. O peixe deve estar refrigerado entre 0°C e 5°C ou sobre bastante gelo. Embalagens violadas ou com líquido leitoso devem ser evitadas. Além disso, é fundamental priorizar a compra em locais que sigam boas práticas de higiene.
Mesmo em feiras livres, é possível encontrar produtos seguros. “O importante é verificar se o pescado está sobre gelo em quantidade adequada e se os vendedores seguem normas básicas de conservação e higiene”, orienta a fiscal.
A Apevisa também chama atenção para os cuidados dentro de casa. O peixe fresco deve ser armazenado na parte mais fria da geladeira por até dois dias, ou congelado caso não seja consumido nesse prazo. O descongelamento deve ser feito sempre na geladeira, nunca em temperatura ambiente.
Na hora do preparo, o cozimento completo é essencial. A carne precisa atingir pelo menos 70°C para eliminar possíveis microrganismos. Para quem consome peixe cru, como no caso de sushi, sashimi e ceviche, o ideal é comprar de estabelecimentos confiáveis e certificar-se de que o produto foi congelado previamente, conforme exigido pela legislação sanitária. A atenção também deve se estender às sobras: elas precisam ser refrigeradas imediatamente após o consumo e reaproveitadas em até 24 horas.
A Apevisa destaca que o consumo de peixes maiores e predadores, como atum, cação e peixe-espada, deve ser feito com moderação, principalmente por gestantes, crianças e pessoas com baixa imunidade, devido ao risco de acúmulo de metais pesados como o mercúrio. Em caso de suspeita de intoxicação alimentar, se hidratar bastante e procurar a unidade de saúde mais próxima.