Pr.José Amaro da Silva Presidente das Assembleias de Deus em PE no período de 1956 – 1977. Em reunião da Mesa Diretora da Convenção Estadual presidida pelo missionário Eurico Bergsten, em 23 de maio de 1956, foi eleito presidente da Assembléia de Deus no Estado de Pernambuco.
De estirpe modesta, o Pr. José Amaro,nasceu em 4 de março de 1913,em Ipojuca, Pernambuco; obteve instrução a nível de 1 grau e, ainda jovem, dedicou- se ao trabalho na indústria têxtil, não lhe sendo possível prosseguir em busca de um grau de instrução adequado as exigências de uma carreira profissional mais promissora. Creu no evangelho, aceitando a Cristo como o Salvador, em fevereiro de 1936.
Em períodos não muito distantes entre si, foi designado pregador auxiliar e, depois, sobrevieram – lhe as consagrações de diácono, presbítero, e evangelista, havendo sido, em seguida, convidado a deixar as atividades seculares para se dedicar às eclesiásticas, integralmente. Tornou-se um autodidata a dedicou – se a um mais acurado estudo da Bíblia, o que o consagrou como homem abençoado por Deus e de inteligência rara.
Serviu como evangelista com função pastoral em vários municípios e, estando em Vitória de Santo Antão, foi eleito pela Conversão Estadual e por este convocado para o exercício do cargo em vacância. Já tendo revelação de Deus sobre essa convocação, anuiu e, recebendo a sagração de pastor, dedicou se à nova função.
O pastor reunia o Conselho de Ministros da Igreja e expunha a situação, buscando alternativas, mas, em alguns casos, as tentativas eram baldadas e os impasses continuavam. O que fazer? Perguntava – se. A igreja precisava estabilizar – se, os embaraços eram evidentes, mas a esperança não fenecia e a busca tomava outro rumo.
Esgotados os recursos naturais, as soluções eram procuradas na dimensão espiritual, através da oração e o jejum. Ladeados de sua adjutora, o pastor entrava pela noite em oração, apresentando ao Senhor cada problema e pedindo solução. Se durante a noite não obtivesse resposta, no dia seguinte ia, em jejum, para o circulo de oração em uma das congregações; passava o dia em oração, se a resposta lhe fosse dada, anotava – a, voltava para a sua casa e se alimentava; se houvesse silêncio em vez de resposta, terminava o dia no local da reunião e, retornando para o seu lar, fazia a desjejua, descansava um pouco e tornava a entrar pela noite em oração. Isso se repetia até que ao Senhor aprouvesse responder.
Obtida a divina orientação, levava – a ao papel e ninguém o dissuadia do “modus operandi”. (A narração desses fatos baseia – se em informações contidas no Caderno de Notas da família e, por cortesia, fornecidas pelo Pr. Abiezer Apolinário da Silva e confirmadas por sua genitora, irmã Alice Inácio da Silva).
O Pr. José Amaro era homem de expressões concisas e objetivas; era sempre convidado a participar de convenções em outros Estados, sendo de muito peso as alternativas por ele oferecidas. Quando foram arrefecidas as dificuldades que enfrentara no inicio de sua gestão, teve a atenção voltada para o crescimento da igreja em todo o Estado, construindo, dando assistência aos obreiros e cumprindo uma agenda de constantes visitas, tendo ao seu lado um fiel colaborador, o co – pastor João Amâncio dos Santos, além de um coeso Conselho de Ministros.
Outra dificuldade enfrentada foi à aquisição do terreno em que hoje é edificado o tempo central. Não havendo recursos bastantes para tanto, os meios foram providos através de uma campanha pró – construção. O imóvel foi adquirido e pago; o projeto de construção foi elaborado e a igreja se preparava para a grande tarefa, quando foi surpreendida por uma desapropriação por decreto do Governo Estadual, sob alegação de que, no local, deveria ser construído um colégio.
O pastor reuniu o Conselho de Ministros e, juntos, discutiram as providências que poderiam ser tomadas. Consultaram reconhecidos juristas, todavia as respostas obtidas indicavam que, apenas, a igreja poderia receber a indenização pelo valor atual do imóvel.
Não havendo um caminho jurídico que pudesse estimular a devolução do referido próprio, o Pr. José Amaro iniciou outra jornada de jejum e oração, desta vez estando também à igreja em consagração. Passados alguns meses, a mesma mão assinou outro decreto revogando o primeiro, fazendo voltar o bem ao seu legitimo dono, a igreja.
Já dispondo do imóvel devolvido, a campanha pró – construção foi reativada e os trabalhos iniciados. Passados foram alguns anos e, em janeiro de 1977, o andamento da obra permitiu que a inauguração do templo fosse programada para o dia 24 de outubro do mesmo ano, coincidindo com a data aniversária do estabelecimento da igreja do Estado de Pernambuco.
O Pr. José Amaro da Silva iniciou as obras de construção do templo, mas, após 21 anos de um eficaz e notável pastorado, que abalizou a Igreja em todo estado nas doutrinas bíblicas e nos bons costumes, o servo do Senhor foi recolhido ao celeiro santo, Em 14 de abril de 1977, deixando a incumbência da inauguração do Templo Central ao seu sucessor, Pr. José Leôncio da Silva. Era o ano de 1977 quando, finalmente, após muitas dificuldades e sacrifícios por parte da igreja, foi inaugurado o Templo Central, localizado à Av. Cruz Cabugá, 29, bairro de Santo Amaro. Obs: 1º Templo Evangélico a chegar nessa Avenida.
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