São cerca de 60 famílias desalojadas em Barreiros, na Mata Sul, e 150 em Canhotinho, no Agreste, segundo prefeituras. Em Itaíba, houve registro de desabrigados.
As fortes chuvas que atingiram a Zona da Mata Sul e o Agreste causaram transtornos em diferentes cidades do estado, neste sábado (2). Foram cerca 60 famílias desalojadas em Barreiros e 150 em Canhotinho, segundo as prefeituras. Aproximadamente 50 famílias ficaram desabrigadas em Itaíba, segundo o município, que decretou estado de emergência.
O balanço da Secretaria-executiva de Defesa Civil estadual (Codecipe), divulgado na noite deste sábado, não contabilizou desabrigados e desalojados. Segundo a assessoria, os municípios ainda estavam levantando as informações até a última atualização desta reportagem.
Além disso, estradas tiveram bloqueios totais e parciais em diferentes pontos (veja mais baixo).
As chuvas entre a sexta (1º) e este sábado (2) afetaram com maior intensidade, segundo a Codecipe, as seguintes cidades: Água Preta, Angelim, Barreiros, Canhotinho, Cortês, Correntes, Itaíba, Jaqueira, Lagoa do Ouro, Quipapá, São Benedito do Sul, Tamandaré, Maraial, Palmerina, Brejão, Bom Conselho, Garanhuns e Palmares.
Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), há ainda previsão de chuva, mas com intensidade fraca a moderada para Mata Sul, Agreste e Região Metropolitana do Recife. Uma nova Onda de Leste se aproxima da região, de acordo com a meteorologia, mas deve atingir a Paraíba e Rio Grande do Norte, podendo chegar na Mata Norte com características fracas
A Defesa Civil estadual reforçou que a população dessas regiões siga as recomendações de seus municípios e evitem permanecer nos locais de risco e áreas alagadas.
Os transtornos em Barreiros foram causados pelo Rio Carimã, segundo a prefeitura. “Choveu principalmente de madrugada. O Rio Carimã subiu da cota de inundação por conta do Rio Jacuípe, em Palmares [também na Mata Sul]”, explicou o representante da Defesa Civil de Barreiros, Paulo Ribeiro.
Imagens enviadas pela comunicação do município mostram a situação da cidade, com ruas alagadas. Os bairros mais atingidos, segundo Ribeiro, foram o dos Lotes e Maria Gorete.
As famílias ribeirinhas que tiveram de deixar suas casas foram para a residência de parentes enquanto a água não baixa. “Estamos monitorando também o Rio Una. Ele ainda não chegou na cota de alerta. Esperamos que abaixe mais [o nível da água] à noite”, declarou.
Alagamentos e deslizamentos de barreiras também foram registrados em estradas de Pernambuco. Houve bloqueios parciais e totais de diferentes trechos no estado.
O Departamento de Estradas de Rodagem alertou para que motoristas redobrem a atenção. Em Quipapá, no Agreste do estado, a BR-104 foi interditada nos dois sentidos devido à queda de uma barreira, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Também há alagamentos em outro acesso ao município, a PE-177, próximo ao distrito de Vila Nova, segundo o DER. Na mesma estrada estadual, houve uma interdição parcial devido a outro deslizamento em Canhotinho, cidade que teve registro de inundação.
A ponte sobre o Rio Ipanema, em Águas Belas, também no Agreste, teve o pavimento coberto pela água, mas os veículos podem continuar passando pelo trecho da PE-300, segundo o DER, embora com cuidado.
Também houve registro de deslizamentos de barreira na PE-218 entre Lagoa de São José, em Bom Conselho, na mesma região, e a divisa com Alagoas, e no quilômetro 129 da BR-423 em Saloá.
Para quem segue para Tamandaré, no Litoral Sul, o DER alertou que houve deslizamento de encosta no trecho próximo da ponte sobre o Rio Ariquindá, na PE-72. Como o trecho ficou com muita lama, a recomendação era para que, quem precisasse passar pelo local, dirigir em baixa velocidade.
Mesma recomendação foi dada para quem quer seguir pela PE-60, que vai do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, até São José da Coroa Grande, no Litoral Sul. Em diversos trechos da Região Metropolitana, foram registrados pontos de alagamento e lama acumulada nas pistas, exigindo atenção dos motoristas.