POR BRUNO OLIVEIRA….
Não há expressão mais comum para aqueles que resolvem congratular com seus conhecidos, amigos e familiares no final de ano e primeiro dias do mês de janeiro, que a expressão: FELIZ ANO NOVO!!! É bem verdade, que em sua maioria não passa de formalidades, do que chamo de boa educação burguesa. Mas será que teríamos razão em esperar que o ano de 2018 nos traga boas notícias? Será que o comprimento burguês de fato será celebrado? Teremos um feliz ano novo ou o ano velho se repetirá?
Não desejo que me interpretem com uma entonação pessimista, mas realista. Não consigo ver o ano de 2018 com grande esperanças no cenário macro da política brasileira, estamos vivendo nos destroços da queda do PT, e, aqueles que derrubaram – não vamos fazer julgamentos de ideias agora – , não conseguiu juntar as peças e construir a “ponte para o futuro”. A ponte apontou para o passado, nos levou para um caminho de retrocesso e a perdas de direitos conquistados.
A primeira ação que acenará que o ano de 2018 não será tão diferente de 2017, e por isso não será tão feliz como desejamos, será o julgamento do recurso do presidente Lula em 24 de janeiro de 2018, que aponta para a confirmação da frágil e má elaborada sentença escrita pelo Juiz Sergio Moro. O TRF da 4º Região, por certo, confirmará a sentença do Juiz Moro, o que encaminhará para o possível embargo a candidatura “desesperada” do PT, que com a ausência de nomes para as eleições presidenciais em 2018, depende apenas do Lula.
Continuando na mesma linha de pensamento, a ausência de nomes com a vacância de Lula no PT desorganiza toda a esquerda, teremos uma corrida eufórica e desastrada pelo “poder” sem a mínima organização. PT, PSOL, PDT correrão sem nenhuma possibilidade de parceria e aliança, o que só enfraquecerá uma candidatura de esquerda com possibilidade de ir para o segundo turno. O nome mais assertivo com a vacância de Lula, que dou como certa, seria Ciro Gomes, o que aproposito, já caminha pelo Brasil anunciando sua possível candidatura pelo PDT e se apresenta como nome mais assertivo para os eleitores da esquerda menos radical.
O Feliz ano novo deve ter sentido para a plutocracia brasileira, que continuará enriquecendo, vivendo dos juros da dívida pública e dos acordos mais promíscuos possíveis que esteja no poder. Isso é importante que se diga, para a plutocracia não há lado, esquerda e direita são conceitos vagos para ela, o que em parte faz sentido.
Por que feliz ano novo para nós, pobres, negros e trabalhadores comuns, não há porquê felicitações sem esperança, sem possibilidades de realização. Aqueles que estão no “poder” já deixaram claro, vão fazer de tudo para acabar com a Previdência Pública, será a morte declarada do trabalhador rural, do pobre senhor e senhora do semiárido nordestino. Como trabalhar até os 70 anos? Já imaginaram como será a educação, tendo o professor que trabalhar 49 anos para se aposentar? Estamos fadados ao fracasso.
Por isso não sei se haveria sentido que desejar algo vazio como um FELIZ ANO NOVO sabendo que não será tão feliz assim. No muito, desejo a volta da esperança para o povo brasileiro, desejo que saibamos eleger o candidato certo para suas funções, desejo que possamos ver, ouvir e analisar as propostas antes de apertar no VERDE, desejo que escapemos das práticas caudilhescas da política brasileira, desejo que os deputados ao mesmo pensem nas eleições e renovações de seus mandatos, desejo por fim, que tenhamos mais consciência política, porque só assim, melhoraremos o Brasil.