A parte que mais dói no homem…
Não é mesmo o que se pensa primeiro, mas…
O BOLSO, sim o bolso.
Quando Bolsonaro, Mourão e sua equipe dizem que vão retirar ENCARGOS sociais, eles estão falando para empresários e com empresários. Esse discurso alivia o bolso dos empresários, logo, numa ótica pragmática, míope e burra é vantajoso para eles (ao deixarem de pagar o 13º deixarão também de lucrar com o movimento econômico produzido pelo 13º).
Mas a grande maioria da população não é empresária, somos quase todos empregados (e desempregados).
Como justificar, então, eu, empregado de empresa pública ou privada, abrir mão de décimo terceiro, adicional de férias, PIS, FGTS e multa rescisória, repouso remunerado, aposentadoria, em nome do combate ao kit gay, em nome do combate ao PT, ou em nome da família (O cara vai na terceira esposa, as primeiras envelheceram) ou em nome de DEUS: pregando tortura e morte.
Quem vota em Bolsonaro, deve, de imediato abrir mão de:
1 Estudar em escola pública;
2 Décimo terceiro salário;
3 Adicional de 1/3 de férias;
4 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
5 PIS;
5 Hora extra;
6 Jornada de trabalho de 44 horas semanais;
7 Repouso remunerado;
8 INSS;
9 Tratamento de doenças como Hanseníase e AIDS (tratamento exclusivo pelo SUS);
10 Concurso Público (ver lei de terceirização com voto a favor dele);
Novamente vemos aí, na terceirização, outra grande oportunidade para grandes empresários, como Jereissati, que com suas empresas fornecedoras de mão de obra, subcontratam por valores abaixo de mercado, e sem nenhum direito trabalhista pessoas que levaram uma vida toda se preparando para um concurso que não veio. E não virá.
Não entendo como o egoísmo é só do empresariado. Abriremos mão de direitos sociais, educação publica, saúde universal gratuita, soberania nacional, proteção aos mais carentes.
Tudo que se construiu ao longo dos anos só dói no bolso dos ricos? E nós não temos mais bolsos?
Não estamos contemplando à beira do abismo. Pior que isso, estamos em manadas, galopando em direção ao abismo. A tragédia é incontinenti. Sigamos…
Félix Silva
Bancário.